23/11/2010

TRATAMENTO DE ÁGUA

A água cobre 75% da superfície da Terra. A água salgada está presente nos mares e oceanos e representa 97,4% de toda a água. A doce, portanto, não chega a 3%, sendo que 90% desse volume corresponde a geleiras e o resto a rios, lagos e lençóis subterrâneos. Daí a importância da preservação dos mananciais.
Para que possa ser consumida, sem apresentar riscos à saúde, ou seja, tornar-se potável, a água tem que ser tratada, limpa e descontaminada. Com o objetivo de oferecer água de boa qualidade, a CORSAN mantém captações em rios, lagos e barragens responsáveis por 80% do volume total produzido. Os 20% restantes - grande parte destinada a abastecer pequenas localidades - são buscados em mananciais subterrâneos. A preservação destes mananciais, como forma de garantir o abastecimento, é uma prioridade da CORSAN e deve ser compartilhada com toda a comunidade, pois a qualidade dos recursos hídricos e fundamental para o equilíbrio ambiental.
A Corsan capta água dos rios, lagos e riachos por meio de bombas. Esta água é conduzida, através das adutoras de água bruta, até as estações de tratamento de água, também chamadas ETAs. Na ETA, a água que chega nem sempre é potável. Ali é transformada em água limpa, saudável. Um serviço deficiente de abastecimento de água potável afeta a saúde das populações. Por isso, é importante contar com um sistema adequado de abastecimento.
O sistema de água potável é um conjunto de estruturas, equipamentos e instrumentos destinados a produzir água de consumo humano a fim de entregá-la aos usuários em quantidade e qualidade adequadas, tendo um serviço contínuo a um custo razoável. Os sistemas de abastecimento de água geralmente contêm os seguintes componentes: obras de captação, estação de tratamento, redes de distribuição e conexões domiciliares.
Produzir água potável não é fácil. Requer investimento de grandes cifras para construir estações de tratamento e comprar os insumos necessários para purificá-la. A qualidade da água tratada depende do seu uso. É de vital importância para a saúde pública que a comunidade conte com um abastecimento seguro que satisfaça as necessidades domésticas tais como o consumo, apreparação de alimentos e a higiene pessoal. Para alcançar este propósito devem ser cumpridas uma série de normas de qualidade (física, química e microbiológica), de tal maneira que a água esteja livre de organismos capazes de originar enfermidades e de qualquer mineral ou substância orgânica que possa prejudicar a saúde.

FLOCULAÇÃO

Floculação Floculação
Floculação é o processo onde a água recebe uma substância química chamada de sulfato de alumínio. Este produto faz com que as impurezas se aglutinem formando flocos para serem facilmente removidos.

DECANTAÇÃO

Decantação Decantação
Na decantação, como os flocos de sujeira são mais pesados do que a água caem e se depositam no fundo do decantador.

FILTRAÇÃO

Filtração Filtração
Nesta fase, a água passa por várias camadas filtrantes onde ocorre a retenção dos flocos menores que não ficaram na decantação. A água então fica livre das impurezas.
Estas três etapas: floculação, decantação e filtração recebem o nome de clarificação. Nesta fase, todas as partículas de impurezas são removidas deixando a água límpida. Mas ainda não está pronta para ser usada. Para garantir a qualidade da água, após a clarificação é feita a desinfecção.

CLORAÇÃO

A cloração consiste na adição de cloro. Este produto é usado para destruição de microorganismos presentes na água.

FLUORETAÇÃO

A fluoretação é uma etapa adicional. O produto aplicado tem a função de colaborar para redução da incidência da cárie dentária.

LABORATÓRIO

Cada ETA possui um laboratório que processa análises e exames físico-químicos e bacteriológicos destinados à avaliação da qualidade da água desde o manancial até o sistema de distribuição. Além disso, existe um laboratório central que faz a aferição de todos os sistemas e também realiza exames especiais como: identificação de resíduos de pesticidas, metais pesados e plancton. Esses exames são feitos na água bruta, durante o tratamento e em pontos da rede de distribuição, de acordo com o que estabelece a legislação em vigor. ,

BOMBEAMENTO

Bombeamento Bombeamento
Concluindo o tratamento, a água é armazenada em reservatórios quando então, através de canalizações, segue até as residências.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERVIÇO DE ÁGUA: QUALIDADE

A água deve estar livre de microorganismos patogênicos que causam problemas à saúde. Deve atender às exigências das normas aprovadas pelas autoridades sanitárias de cada país.

QUANTIDADE

O sistema de abastecimento deve ser capaz de distribuir volumes suficientes de água para satisfazer às demandas da população.

COBERTURA

A água deve estar disponível para a população já que é um elemento vital para a saúde.

CONTINUIDADE

Deve existir um serviço contínuo, sem interrupções, que assegure água as 24 horas do dia durante todos os dias da semana.

CUSTO

A água deve ter um custo razoável que permita à população ter este serviço e que este custo cubra os gastos operacionais e de manutenção.

CONTROLE OPERACIONAL

A operação e manutenção preventiva e corretiva do sistema de abastecimento deve ser controlada para assegurar seu bom funcionamento.
Fonte: www.corsan.com.br
TRATAMENTO DE ÁGUA

ESQUEMA DE TRATAMENTO DA ÁGUA

BREVE DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO TRATAMENTO

PRÉ CLORAÇÃO

Adição de cloro assim que a água chega à estação para facilitar a retirada de matéria orgânica e metais;

PRÉ-ALCALINIZAÇÃO

Adição de cal ou soda à água para ajustar o ph aos valores exigidos para as fases seguintes do tratamento.

COAGULAÇÃO

Adição de sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água para provocar a desestabilização elétrica das partículas de sujeira, facilitando sua agregação.
Floculação: Mistura lenta da água para provocar a formação de flocos com as partículas

DECANTAÇÃO

Passagem da água por grandes tanques para decantar os flocos de sujeira formados na floculação

FILTRAÇÃO

Passagem da água por tanques que contêm leito de pedras, areia e carvão antracito para reter a sujeira que restou da fase de decantação.

PÓS-ALCALINIZAÇÃO

Correção final do ph da água para evitar problemas de corrosão ou incrustação das tubulações

DESINFECÇÃO

Adição de cloro à água antes de sua saída da Estação de Tratamento para manter um teor residual, até a chegada na casa do consumidor, e garantir que a água fornecida fique isenta de bactérias e vírus.

FLUORETAÇÃO

Adição de flúor à água para a prevenção de cáries
Você sabia que ...
A desinfecção da água com cloro é uma das técnicas mais antigas de tratamento. Desde que passou a ser utilizada houve queda no índice de mortalidade infantil e redução das doenças provocadas pela água contaminada.
Atualmente, existem técnicas de tratamento mais avançadas com a utilização de carvão ativado ou ozônio.

FUNÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE TRATAMENTO

SULFATO DE ALUMÍNIO

Substância que agrega as partículas de sujeira que estão na água.

CAL

Produto que corrige o pH da água.

CLORO

Substância que mata as bactérias e microorganismos presentes na água.

FLÚOR

Substância que auxilia na redução das cáries dentárias.

BREVE DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO TRATAMENTO

GRADE GROSSEIRA

Retenção dos materiais de grandes dimensões, como latas, madeiras, papelão, etc.

ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO

Recalque dos esgotos para o canal das grades médias.

GRADE MÉDIA

Remoção de materiais, como trapos, estopas, papéis, etc.

CAIXA DE AREIA

Remoção da areia contida no esgoto, que, depois de sedimentada, vai para o classificador de areia.

DECANTADOR PRIMÁRIO

Remoção do resíduo sedimentável dos esgotos, gorduras e óleos flutuantes. Estes materiais, após serem recolhidos por pontes raspadoras, são bombeados para os digestores.

TANQUE DE AERAÇÃO

O efluente do decantador primário passa para o tanque de aeração. Combinando-se a agitação do esgoto com a injeção de ar, desenvolve-se, no tanque de aeração, uma massa líquida de microorganismos denominada "lodos ativados". Estes microorganismos alimentam-se de matéria orgânica, contidos no efluente do decantador primário, e se proliferam na presença do oxigênio.

DECANTADOR SECUNDÁRIO

Remoção dos sólidos (flocos de lodo ativado), que, ao sedimentarem no fundo do tanque são raspados para um poço central, retornando para o tanque de aeração. A parte líquida vertente do decantador é destinada ao Rio.

ELEVATÓRIA DE RETORNO DE LODO

O lodo ativado, recolhido no decantador secundário por pontes removedoras de lodo, é encaminhado a bombas, retornando aos tanques de aeração e o excesso do lodo ao decantador primário .

ELEVATÓRIA DE LODO PRIMÁRIO

Recalque do lodo gradeado para o interior dos adensadores de gravidade e digestores.

RETIRADA DO SOBRENADANTE

Os adensadores e digestores são equipados com válvulas para a retirada do sobrenadante (líquido que se separa do lodo digerido), que retorna ao início do processo.

ADENSADORES DE GRAVIDADE

Equipado com um removedor mecanizado de lodo e escuma, de tração central. O efluente é coletado em um canal periférico e enviado para um sistema de coleta de efluentes da fase sólida.

DIGESTORES

O lodo removido durante o processo de tratamento é enviado aos digestores. São grandes tanques de concreto hermeticamente fechados, onde, através do processo de fermentação, na ausência de oxigênio (processo anaeróbico), se processará a transformação de lodo em matéria altamente mineralizada, com carga orgânica reduzida e diminuição de bactérias patogínicas.

SECADOR TÉRMICO

Retira a água do lodo proveniente dos digestores, elevando seu teor de sólidos até o mínimo de 33%, seguindo para os silos e com destino para agricultura ou aterro sanitário.
Alguns exemplos dos efeitos das ações de saneamento em saúde
Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo asseguram a redução e controle de: diarréias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e outras verminoses.
Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado do lixo diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmanioses, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide.
Drenagem contribui para a eliminação, redução ou modificação dos criadouros de vetores transmissores da malária e de seus índices de prevalência e incidência.
Esgotamento sanitário contribui para reduzir ou eliminar doenças e agravos como a esquistossomose, outras verminoses, diarréias, cólera, febre tifóide, cisticercoce, teníase e hepatites.
Melhorias sanitárias domiciliares estão relacionadas com a redução de: esquistossomose, outras verminoses, escabiose, tracoma e conjuntivites, cólera, diarréias, febre tifóide e hepatites.
Melhoria habitacional permite habitação sem frestas e com condições físicas que impeçam a colonização dos vetores da doença de Chagas.

FOSSAS SÉPTICAS

Nos locais não servidos por rede coletora pública de esgotos, os esgotos das residências e demais edificações aí existentes, deverão ser lançados em um sistema de fossa séptica e unidades de disposição final de efluentes líquidos no solo, dimensionados e operados conforme normas NBR 7229 e NBR 13969.
Fossa séptica é um dispositivo de tratamento de esgotos destinado a receber a contribuição de um ou mais domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplicidade e custo.
Como os demais sistemas de tratamento, deverá dar condições aos seus efluentes de:
Impedir perigo de poluição de mananciais destinados ao abastecimento domiciliário;
Impedir alteração das condições de vida aquática nas águas receptaras;
Não prejudicar as condições de balneabilidade de praias e outros locais de recreio e esporte; e
Impedir perigo de poluição de águas subterrâneas, de águas localizadas (lagos ou lagoas), de cursos d'água que atravessem núcleos de população, ou de águas utilizadas na dessedentação de rebanhos e na horticultura, além dos limites permissíveis, a critério do órgão local responsável pela Saúde Pública.
Fossas sépticas são câmaras convenientemente construídas para reter os despejos domésticos e/ou indústrias, por um período de tempo especificamente estabelecido, de modo a permitir sedimentação dos sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os bioquimicamente,em substâncias e compostos mais simples e estáveis.
De acordo com a definição, o funcionamento das fossas sépticas pode ser explicado nas seguintes fases do desenvolvimento do processo:
Retenção do esgoto
O esgoto é detido na fossa por um período racionalmente estabelecido, que pode variar de 24 a 12 horas, dependendo das contribuições afluentes.
Decantação do esgoto
Simultaneamente à fase anterior, processa-se uma sedimentação de 60 a 70%dos sólidos suspensos contidos nos esgotos, formando-se uma substância semiíquida denominada de lodo. Parte dos sólidos não sedimentados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais misturados com gases, emerge e é etida na superfície livre do líquido, no interior da fossa séptica, os quais são comumente denominados de escuma
Digestão anaeróbia do lodo
Ambos, lodo e escuma, são atacados por bactérias anaeróbias, provocando destruição total ou parcial de material volátil e organismos patogênicos.
Redução de volume do lodo
Do fenômeno anterior, digestão anaeróbia, resultam gases, líquidos e acentuada redução de volume dos sólidos retidos e digeridos, que adquirem características estáveis capazes de permitir que o efluente líquido das fossas sépticas possa ser disposto em melhores condições de segurança.
A fossa séptica é projetada de modo a receber todos os despejos domésticos (de cozinhas, lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos sanitários, bidês, banheiros, chuveiros, mictórios, ralos de piso de compartimentos interiores,etc.),ou qualquer outro despejo, cujas características se assemelham às do esgoto doméstico. Em alguns locais é obrigatória a intercalação de um dispositivo de retenção de gordura (caixa de gordura) na canalização que conduz os despejos das cozinhas para a fossa séptica.
São também vetados os lançamentos diretos de qualquer despejo que possam, por qualquer motivo, causar condições adversas ao bom funcionamento das fossas sépticas ou que apresentem um elevado índice de contaminação por microorganismos patogênicos.

DE BEM COM A FOSSA SÉPTICA

Faça um diagrama preciso que mostre a localização do tanque e de seus tubos de acesso para saber exatamente onde se encontra a fossa no terreno.
Evite plantas de raiz muito profunda em áreas próximas, assim como outras atividades que possam ser prejudiciais ao sistema.
Mantenha um registro de limpezas, inspeções e outras manutenções, sempre incluindo nome, endereço e telefone dos técnicos que efetuaram os serviços.
Faça com que a área sobre a fossa permaneça limpa, quando muito apenas com uma cobertura de grama ou relva. Raízes de árvores ou arbustos podem entupir e danificar as linhas de dreno.
Evite que automóveis estacionem sobre a área e não deixe que equipamentos pesados sejam colocados no local.
Não planeja nenhuma construção como piscinas e calçadas perto da fossa.
Não verta demasiada água sobre o sistema, nem permita que a chuva consiga adentrá-lo. Quando inundada com mais água do que pode absorver, a fossa reduz sua capacidade de escoar resíduos e esgoto, aumentando o risco de os efluentes se agruparem na superfície do solo.
Não escoe para a fossa materiais que não são biodegradáveis, tais como plásticos, fraldas e absorventes, papel higiênico e guardanapos, já que esses detritos podem encher o tanque e entupir o sistema.
Não descarte óleos de cozinha e outras gorduras no ralo da pia, já que tais alimentos se solidificam e entopem o campo de absorção da terra.
Não permita que tintas, óleos de motor de automóvel, pesticidas, fertilizantes e desinfetantes entrem no sistema séptico. Essas substâncias podem atravessá-lo diretamente, contaminando os terrenos em volta da fossa e matando os microrganismos que decompõem os resíduos.
Use água fervente para desentupir ralos, em substituição a quaisquer produtos cáusticos. Além disso, faça a limpeza do banheiro e da cozinha com um detergente moderado.

LODO É OPÇÃO BARATA DE FERTILIZANTE

Resíduo tratado é rico em fósforo e nitrogênio e substitui, parcial ou totalmente, a aplicação de adubo mineral
O uso de lodo de esgoto tratado na agricultura pode ser uma opção econômica para produtores. Aplicado como fertilizante, o resíduo orgânico "reciclado" é comprovadamente rico em nutrientes - como nitrogênio e potássio - essenciais para o bom desenvolvimento da lavoura.
Segundo informações da Embrapa Cerrados, pode-se aproveitar, por ano, nitrogênio, fósforo e potássio em quantidades equivalentes a 1790 toneladas de uréia, 2778 toneladas de superfosfato triplo e 102 toneladas de cloreto de potássio, respectivamente.

SEGURANÇA

Antes de ser usado na agricultura, o lodo passa por processos de sanitização que diminuem a quantidade de patógenos e tornam o material seguro. "Com o tratamento adequado pelas companhias de saneamento, a quantidade de agentes contaminantes, como coliformes fecais e ovos de helmintos, é desprezível, o que torna a aplicação segura do ponto de vista sanitário. A presença de metais pesados também é insignificante", garante o pesquisador Jorge Lemainski, da Embrapa Cerrados.
Lemainski destaca que é necessário usar equipamentos de proteção individual (EPIs) para prevenir os aplicadores contra contaminações via oral. "Quanto menor o contato, mais segura a operação." Lodo de boa qualidade para a agricultura, observa, é o lodo que se enquadra na legislação do Conama. Deve ser sanitizado e não pode ter mau cheiro.

TESTES

O pesquisador relata os resultados positivos obtidos em experimentos que usaram lodo em lavouras de grãos. "No milho, com a substituição total de adubo mineral, a produtividade, muito boa, foi de 110 sacas/hectare. Para a soja, o índice ficou em 56 sacas/hectare, também com substituição de fertilizante mineral."
Na dose de 30 toneladas/hectare de lodo, há viabilidade econômica para dois cultivos de soja, com retorno de R$ 0,15 para cada R$ 1 investido no lodo como fertilizante. Na cultura do milho o retorno chega a R$ 0,90, diz Lemainski, que dá a dica de manejo: "Faz-se a rotação do milho com a soja. O lodo é aplicado primeiro na lavoura de milho e, no segundo ano, o produtor entra com a soja, que aproveitará o efeito residual."

ECONOMIA

O produtor Arlindo Batagin Júnior, da Fazenda São Fernando, que cultiva cana-de-açúcar no município paulista de Capivari, entre Piracicaba e Campinas, conta que tem gostado dos resultados conseguidos com o uso do lodo como adubo. Ele está "experimentando" a alternativa há dois anos em 50 dos 140 hectares de sua propriedade. "Achei interessante por ser uma opção orgânica."
Na fazenda, o produtor aplica 15 toneladas/hectare de lodo - que vem de Jundiaí - e diz que o principal benefício foi em relação à "longevidade" do canavial adubado com o resíduo reciclado. "Onde apliquei, o número de cortes aumentou de cinco para sete. A capacidade de rebrota melhorou significativamente."
Além disso, Batagin Júnior calcula que os custos com fertilizantes caíram pela metade. Dos gastos totais, diz economizar 20%. "Deixei de aplicar fósforo e nitrogênio e só aplico potássio, que, no lodo, tem em menor quantidade", justifica. Ele destaca, porém, que o agricultor precisa ter uma esparramadeira e uma carregadeira na propriedade para fazer a aplicação.
O produtor interessado em utilizar o lodo na propriedade deve, por lei, apresentar um projeto agronômico assinado por engenheiro agrônomo ou florestal à companhia de saneamento de sua região, que também segue determinações legais para tratar o lodo corretamente e torná-lo adequado para a lavoura.
Fonte: www.uniagua.org.br

0 comentários:

Postar um comentário